quinta-feira, 26 de julho de 2018

Conclusões da Iniciação Científica


Em relação ao tratamento/terapia as mães relatam que precisam buscar na capital, João Pessoa, tratamento/terapia na FUNAD, ficando na lista de espera até 1 ano e meio para iniciar o tratamento. As crianças são levadas em um ônibus disponibilizado pela prefeitura municipal e tem que ser acordadas as 4:00 da manhã para ir a FUNAD. O inconveniente é tão grande que muitas crianças estão sem tratamento porque as mães preferem permanecer aguardando uma vaga na cidade onde residem do que as expor a uma viagem tão cansativa. Em Guarabira não existe o CAPS – I. Foi inaugurado em abril de 2018 uma ala de atendimento para autistas no Maria Moura, entretanto, meses após a inauguração permanece fechada pela falta de contratação de profissionais. Os profissionais que atendem atualmente no Maria Moura não tem capacitação para trabalhar com pessoas com TEA. Sem tratamento o processo de inclusão escolar fica muitas vezes prejudicado porque os estudantes não conseguem se adaptar aos estímulos sonoros, visuais e táteis presentes no ambiente escolar.
Em reunião realizada no dia 18 de junho de 2018 o secretario de Educação afirmou em que não pode contratar mais cuidadores para a rede publica de ensino mesmo as mães apresentando os laudos devido a normas impostas pelo Tribunal de Contas. Quanto a capacitação especifica para lidar com alunos autistas para professores e cuidadores o secretario disse que não existe nenhum projeto para que isso aconteça. As mães ficaram de procurar a assistência do ministério publico estadual e federal para resolver este impasse e conseguir contratar o número de cuidadores necessários. Quanto ao senso sobre o número real de pessoas com autismo em Guarabira os secretários de Saúde e Educação não se mostraram interessados neste levantamento.
O que percebemos no relato das mães é que os alunos tem garantido apenas o direito de acesso as salas regulares. Não podemos falar de inclusão escolar sem formação profissional, sem adaptação curricular, sem um trabalho de acolhimento das famílias.
As barreiras que impedem a efetivação do processo de inclusão escolar de alunos com TEA são barreiras atitudinais, isto é, o processo de inclusão esbarra na falta de conhecimento e empatia dos gestores que alegam falta de recursos para tomar as providências necessárias e as adaptações razoáveis.

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